Por: Thiago Florêncio
Foto: Pedro Souza
O final da temporada de 2024 tem sido um pesadelo para o Atlético e para o torcedor alvinegro. Depois de ver o clube ser vice-campeão da Copa do Brasil e da Conmebol Libertadores, vê a possibilidade de rebaixamento no Brasileirão como um risco iminente.
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E uma das principais causas dessa crise é a fragilidade defensiva do time. O Galo sofreu até agora 54 gols em 37 partidas, o maior número desde a dramática luta contra o rebaixamento em 2011. A média atual de 1,45 gol sofrido por jogo é alarmante e expõe as dificuldades que o time tem enfrentado na competição.
A defesa do Atlético tem sido um verdadeiro ponto fraco, com três adversários marcando quatro gols em uma só partida. O Palmeiras (4 a 0, na 9ª rodada), o Vitória (4 a 2, na 10ª) e o Flamengo (4 a 2, na 14ª) mostraram a vulnerabilidade da equipe.
E não para por aí, em outros quatro confrontos, o Galo levou três gols. O placar foi de 3 a 0 contra o Botafogo, na 15ª rodada; 3 a 0 contra o Bahia, na 26ª; 3 a 1 contra o Internacional, na 31ª; e 3 a 2 contra o Juventude, na 36ª.
Outro número que agrava ainda mais a situação é que, em 37 jogos até o momento, o Atlético só conseguiu manter a defesa imbatível em oito ocasiões. Em comparação, no Brasileirão do ano passado, sob o comando de Eduardo Coudet, e posteriormente, Felipão, o time alvinegro ficou 15 partidas (de 38) sem sofrer gols, um desempenho bem superior ao deste ano.
Os problemas defensivos do Galo na atual temporada
A atual temporada tem sido marcada por uma série de fragilidades defensivas que comprometem o desempenho da equipe. A constante rotatividade de jogadores, provocada pela busca incessante por resultados nos mata-matas, tem sido um fator determinante para os erros na defesa.
O agora ex-técnico, Gabriel Milito, em sua tentativa de ajustar a equipe às exigências de uma temporada cheia de decisões importantes, variou as escalações, o que impactou diretamente na organização do sistema defensivo.
Entre os principais problemas que se destacaram, estão a falta de compactação entre as linhas, falhas nos encaixes individuais, a vulnerabilidade na proteção da entrada da área e erros técnicos que se transformaram em gols contra o Galo. Essa instabilidade defensiva se acentuou na reta final do ano, quando o abatimento emocional dos jogadores refletiu diretamente na concentração e no foco, agravando ainda mais os problemas de proteção.
Embora Milito tenha buscado, em alguns momentos, restabelecer um equilíbrio defensivo ao priorizar a solidez da defesa em jogos decisivos, como nos mata-matas, essa estratégia não se mostrou suficiente.
A consistência que ele tentou imprimir não apareceu nas partidas mais decisivas da temporada. O desempenho defensivo do Atlético na atual edição do Brasileirão é o quinto pior desde 2006, quando o torneio passou a ser disputado no formato atual.
Agora, com Lucas Gonçalves no comando, a única esperança do Galo é corrigir esses erros defensivos a tempo de garantir a permanência na elite, sem deixar de olhar para o próximo ano, que exigirá mudanças.
LEVANTAMENTO FEITO PELO JORNALISTA LUCAS BRETAS:
- 2007: 51 gols sofridos (8º);
- 2008: 61 gols sofridos (12º);
- 2009: 56 gols sofridos (7º);
- 2010: 64 gols sofridos (13º);
- 2011: 60 gols sofridos (15º);
- 2012: 37 gols sofridos (2º);
- 2013: 38 gols sofridos (8º);
- 2014: 38 gols sofridos (5º);
- 2015: 47 gols sofridos (2º);
- 2016: 53 gols sofridos (4º);
- 2017: 49 gols sofridos (9º);
- 2018: 43 gols sofridos (6º);
- 2019: 49 gols sofridos (13º);
- 2020: 45 gols sofridos (3º);
- 2021: 34 gols sofridos (1º);
- 2022: 37 gols sofridos (7º);
- 2023: 32 gols sofridos (3º);
- 2024: 54 gols sofridos (14º até o momento).
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